quarta-feira, 16 de março de 2011

Deficiência Androgenica Masculina


Durante o envelhecimento masculino sinais e sintomas como: diminuição de massa e força muscular, diminuição da libido e dos pêlos pubianos, aumento de gordura abdominal, principalmente visceral com resistência à insulina e perfil lipídico aterogênico, osteopenia, diminuição do desempenho cognitivo, depressão, insônia, sudorese e diminuição da sensação de bem-estar geral, são associados ao declínio gradual das funções gonadais. Perda de interesse sexual e problemas de ereção também podem fazer parte deste quadro.
A diminuição de níveis de testosterona é só um dos fatores responsáveis por seus sintomas, pois sua etiologia é multifatorial. Sendo assim, o diagnóstico da deficiência androgênica no envelhecimento masculino deve levar em consideração os sintomas clínicos e a bioquímica, com dosagens de testosterona abaixo do nível mínimo para jovens adultos. Este processo é conhecido como andropausa ou ADAM (deficiência androgênica no envelhecimento masculino), ou ainda, PADAM (deficiência androgênica parcial do envelhecimento masculino).
De acordo com o estudo Massachusetts do envelhecimento masculino, a partir dos 40 anos, ocorre uma diminuição anual de 1,2% dos níveis circulantes de testosterona livre e de 1,0% dos níveis de testosterona ligada a albumina e, também, um aumento de cerca de 1,2% dos níveis de globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG). A tendência de queda da testosterona total seria em 1,6% ao ano. Com o aumento dos níveis da SHBG associada a menor produção androgênica, ocorre uma diminuição da testosterona biodisponível, lembrando que esta está relacionada à atividade sexual.
Determinados hábitos de vida e o estresse são alguns fatores que podem contribuir para uma insuficiência androgênica mais precoce. Contudo, é possível reduzir os sintomas dessas alterações quando feito o uso de tratamentos apropriados, como a terapia de reposição hormonal. Aos primeiros sintomas, é importantíssimo procurar um profissional qualificado para estabelecer um diagnóstico preciso, a fim de combater, não só os sintomas, mas também melhorar a qualidade de vida.




Tan & Philip (1999)
Martits & Costa (2004)
Bonaccorsi (2001)
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Pfeilschifter et al. e Nilsson et al apud Vermeulen (2001)