sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Casamento e a Separação



O casamento é a construção de uma nova identidade para os cônjuges, de um ‘eu-conjugal’ que vai se construindo através das interações entre os parceiros. No momento em que um casal opta por viver juntos, cada um deles terá de se modificar internamente e se reorganizar em busca do equilíbrio para a relação. E por valorizarem demais o casamento, ao ponto de não aceitarem que a relação conjugal não corresponda às suas expectativas, que o número de separações tem crescido cada vez mais.
O divórcio reflete uma exagerada exigência dos cônjuges. A realidade atual é muito diferente da vivida no século passado, cada vez mais as pessoas se tornam individualistas, privando-as de uma das características muito importante para o sucesso de um casamento: a flexibilidade. Devemos pensar que temos, debaixo de um teto em comum, duas pessoas diferentes (porque ninguém é igual a ninguém), com criações diferentes (por mais parecidas que sejam, são diferentes), realizando interesses comuns e construindo uma base sólida para a formação de uma família. E, portanto precisamos, sim, ser flexíveis... Mas, além disso, é preciso usufruir muito bem da chave do sucesso para um bom relacionamento: a comunicação! Em um relacionamento não existem ‘entre linhas’.
No processo de separação a identidade conjugal construída com o casamento vai gradualmente se desfazendo, levando cada um dos cônjuges a uma redefinição das suas identidades individuais. E este processo é umas das experiências mais dolorosas do ser humano, sendo extremamente complexo. Os cônjuges encontram-se diante da frustração de um casamento que não supera suas expectativas. Talvez por isso e pela valorização exacerbada do casamento, a maioria dos divorciados acaba caminhando para um recasamento.
Embora homens e mulheres vivenciem a mesma dor, comportam-se diferentemente e manifestam seus sentimentos em relação à separação e possível causa de formas distintas. Provavelmente, essas diferenças estejam muito mais relacionadas às questões culturais do que a própria distinção biológica entre os sexos. Nas últimas décadas as mulheres conquistaram mais espaço no mercado de trabalho, na sociedade e dentro do próprio relacionamento conjugal, o que fez com que elas se tornassem mais exigentes amorosamente. Os estudos mostram que as mulheres apresentam uma maior possibilidade de realizar mudanças, assim como de romperem o casamento, talvez pela facilidade em falar sobre seus sentimentos e motivação em explicar e discutir o relacionamento. Mas a verdade é que, desconstruir um relacionamento conjugal após a separação, e ao mesmo tempo reconstruir a identidade individual, não é fácil. É um processo lento e vivenciado com dificuldade e sofrimento. A maior liberdade se mistura ao sentimento de solidão, tanto para homens como para as mulheres.
O que se percebe é que, atualmente, homens e mulheres buscam relacionamentos mais verdadeiros e gratificantes, talvez por isso tantos casamentos se dissolvam. Só não e se pode ‘ir para o altar’ (hoje está não é mais uma premissa básica para um relacionamento conjugal) pensando que se não der certo, existe a separação... É preciso tentar fazer com que dê certo!







Imagem retirada da internet

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

As Doenças Sexualmente Transmissíveis e o Carnaval


Elas podem ser adquiridas em qualquer época do ano sem escolher raça, sexo, cor e idade. Estamos aqui para falar das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), pois ainda que algumas tenham cura, outras passam a fazer parte da vida da pessoa para sempre, afetando a saúde física, emocional e a qualidade de vida. As DST são um problema da saúde pública em todo o mundo, porém o clima carnavalesco deixa as pessoas mais suscetíveis, envolvidas no clima da folia e esquecidas de tomar precauções. Por conta disto, os cuidados devem ser redobrados nesta época, tanto para os homens como para as mulheres.

Mesmo não sendo uma garantia de proteção completa, o uso de preservativos é fundamental. No caso de mais de um parceiro, é recomendado fazer exames periodicamente. Os métodos contraceptivos (pílula anticoncepcional, Mirena, DIU, tabelinha) não protegem. Agulhas e seringas não devem ser compartilhadas. Os sintomas nem sempre são aparentes, o que mostra a importância de consultar um médico regularmente e realizar exames, pois o diagnóstico precoce facilita o tratamento. É importante estar atento à procedência dos preservativos e prazo de validade. E cabe um adendo: as bebidas em lata devem ser higienizadas antes do consumo, pois devido a más condições de higiene e armazenamento podem aumentar o risco de contaminação pela proliferação de bactérias.

As principais DST:

Gonorréia: infecção causada por uma bactéria. No homem aparece uma secreção purulenta de 2 a 10 dias após o contato sexual suspeito, com dor e ardência ao urinar. Na mulher o aspecto clínico é variado, pode ser assintomático, como também na forma de corrimento (com aspectos que podem ser diferenciados em cada caso). A infecção quando não tratada no homem pode avançar para os testículos (orquite) e a próstata (prostatite). Já nas mulheres pode avançar para as trompas e o útero. Estas consequências podem levar a infertilidade em ambos os sexos.


Sífilis: é uma infecção causada por 
bactéria. Tanto no homem como na mulher surge uma pequena ferida firme e dura (úlcera) em algum órgão genital, geralmente em uma média de 20 dias após o contato sexual. Também é chamada de cancro duro. As feridas desaparecem em um mês, o que leva a falsa impressão de que sarou. Depois de 1 a 2 meses surgem lesões na pele (sífilis secundária) que podem progredir e agredir o sistema nervoso e o coração.

Cancro Mole: também é causada por uma 
bactéria. Neste caso, surgem várias feridas nos genitais (que são doloridas) e na virilha. A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente outras pessoas e/ou partes do corpo, sem necessariamente haver a relação sexual.

Tricomoníase: é causada por um protozoário. Na mulher causa um corrimento amarelo com cheiro típico e pode causar irritação urinária. No homem passa despercebido, mas mesmo assim ele pode contaminar e ser contaminado pela mulher. O casal deve fazer o tratamento concomitante.

Herpes Genital – é causada por vírus. Em ambos os sexos surgem lesões na pele e/ou na mucosa dos órgãos genitais. As lesões aparecem e desaparecem espontaneamente, pois são reguladas por estresse ou pelo ciclo menstrual, nas mulheres. Não há cura definitiva.

Condiloma Acuminado ou Crista de Galo: é causado por um vírus (HPV ou papilomavírus humano). É uma virose que está relacionada com o câncer de colo do útero e câncer de pênis. É caracterizada por uma pequena verruga nos órgãos genitais tanto do homem como da mulher. Apresenta mais de noventa tipos diferentes, sendo que alguns podem levar ao câncer. O HPV 16, por exemplo, é extremamente agressivo, proliferando-se intensamente nos genitais e no colo uterino É uma doença difícil de tratar e o tratamento é do casal.

AIDS: é uma doença causada pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana). Transmitido principalmente pelo esperma, sangue e leite materno. O beijo só poderá transmitir o vírus no período que está em alta concentração no sangue de um dos parceiros e o outro tem um ferimento na boca. No sexo oral em um parceiro que possui o vírus, há grande probabilidade de transmissão da infecção se houver ferida na boca, pois o contato é com o sêmem.

Clamidea: causada por bactéria, atualmente, é considerada uma das doenças sexualmente transmissíveis de maior incidência no mundo. Pode atingir homens e mulheres em qualquer fase de suas vidas, desde quando nascem de mães contaminadas até no contato sexual. Nos homens se manifesta como uretrite, pode causar dor ao urinar e 
prurido uretral. Pode demorar dias para se manifestar. Caso não seja identificada e tratada corretamente, pode progredir para uma infecção mais grave, atingindo os testículos com comprometimento da fertilidade. Nas mulheres, inicialmente infecta o cérvix e a uretra. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento. As complicações nas mulheres, quando não tratadas, são a doença inflamatória pélvica e o aumento do risco de gravidez ectópica (nas trompas). A maioria das pessoas infectadas não apresentam sintomas ou sinais clínicos, dificultando muito a identificação.


Algumas dessas doenças têm um grande potencial em trazer sérias complicações para a pessoa contaminada, já que na maioria das vezes não se procura cuidados adequados, fazendo que estas infecções durem longos períodos e aumentem suas consequências. Além disso, as DST funcionam como reservatórios e transmitem-se facilmente pelo contato sexual aos parceiros, tornando-as assim um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. Prevenir ainda é o melhor remédio!







Foto retirada da internet.





segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

E o mito caiu por terra...


Os consultórios estão cada vez mais cheios de mulheres que têm boas relações sexuais e acreditam que não são normais porque não atingem sempre o orgasmo. Ou são os parceiros que reclamam que nem sempre elas chegam ao orgasmo. E será que existe algo de anormal em não atingir sempre o orgasmo?
Este é um péssimo mito! Alguns estudiosos do passado defendiam que a mulher teria sempre que atingir o orgasmo, em todas as relações sexuais. A mídia ainda vende esta idéia. Contudo, é um engano terrível pensar desta maneira. Nem sempre para a mulher se satisfazer é preciso ter orgasmo. Para as mulheres é fundamental o carinho, a troca de afetos e a proximidade com o parceiro. A satisfação com a atividade sexual não é dependente da quantidade ou intensidade do prazer derivado do orgasmo, ela depende muito mais da intimidade com o parceiro, mesmo que o prazer orgástico não esteja incluído no ato. Ao se sentir satisfeita, a mulher terá vontade de ter novas relações com o parceiro.
Ocorre que muitas mulheres travam uma batalha incansável em busca do orgasmo vendido em revistas, tornando-o inatingível e abandonando o prazer que a relação sexual pode lhes dar. E como co-responsáveis pelo próprio orgasmo, mesmo ao melhor amante é preciso que a mulher mostre como satisfazê-la, pois cada uma tem suas preferências e desejos. Ah, e quem sabe juntando tudo isso não se tenha como resultado um bom orgasmo... Não acham?!








* Foto retirada da internet.